terça-feira, 2 de março de 2010

Se o Merten ficou chapado, eu fiquei nude!

Logo após o lançamento do filme Avatar, agora o maior sucesso de bilheteria de todos os tempos (dados questionados por alguns), o crítico do Estadão Luiz Carlos Merten se disse arrebatado pela estética apresentada. Confesso que, ao ler essa crítica no blog do jornalista, achei exagerado e pensei "são só mais algumas loucuras tecnológicas bonitinhas do Cameron". E me mantive aversa ao filme, sem assisti-lo, ao longo de quase 3 meses.

Nos últimos dias comecei a refletir sobre a tal inovação que o filme traz e cheguei à seguinte conclusão: se eu não vi o nascimento do cinema falado e do cinema colorido por que ainda não tinha nascido, eu não posso perder o nascimento de uma nova tecnologia que também pode revolucionar o cinema. E fui assistir Avatar!

Agora eu posso dizer: estou nude! James Cameron é calculista quando pretende alcançar o topo das bilheterias. Foi assim com Titanic e agora com Avatar. Eu não esperava o que vi. A história e o roteiro são secundários no filme. A história é infantil e o desenrolar é bem óbvio desde o início. O que faz a diferença em Avatar é a evolução do cinema digital e, principalmente, da tecnologia 3D.

Quem já assistiu filmes 3D em parques de diversão e mesmo no cinema (Pequenos Espiões, Shark Boy e Lava Girl, ...) lembra-se de que as história geralmente são para crianças e os efeitos 3D tinham um objetivo diferente do que é visto em Avatar. Antes, os filmes não eram 3D em todos os seus minutos. SharkBoy e LavaGirl, por exemplo, tinha legendas durante o filme que diziam quando colocar e quando tirar os óculos especiais. E, geralmente, os momentos 3D tentavam jogar alguma coisa na cara do espectador para assustá-lo. Era uma forma de despertar a emoção durante o filme. Avatar não usa a tecnologia para isso. Durante quase 3 horas de filme, o espectador se sente dentro da tela, sem que seja necessário saltar coisas no nosso colo.

Com certeza, tudo que Cameron usou nesse filme ainda será aprimorado e, com tantos projetos em 3D que se apresentaram nos trailers, certamente podemos esperar muitas novidades nos próximos anos. Mas, considerando que o filme ainda está em cartaz, é importante dizer: assitam! Porque Avatar só vale a pena em 3D, porque a evolução tecnológica vista ali está fora do meu entendimento e jamais conseguiria explicar, porque televisões com 3D vão demorar um pouquinho para chegar às lojas com preço acessível e, principalmente, porque podem ser arrepender de ter perdido um importante momento da transição do cinema para o digital.

Um comentário:

Daniel H. Silva disse...

Tá bom! Mediante a tantas indicações para assistir em 3D será que eu ainda encontro alguma sala?

Bjos moça