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Muita coisa pode acontecer em uma noite. Por incrível que pareça, até mesmo análises sociológicas podem surgir em uma noitada. Bom, pelo menos pra mim. Pode ser loucura, mas eu consigo essas proezas.
Ontem, por uma coincidência inesperada....(se fosse esperada, não seria coincidência, certo?...) eu estava na mesma casa que um ex-BBB. Eu assisto o Big Brother e acho até bastante divertido. Mas não posso deixar de ressaltar a futilidade que envolve o programa.
Entre uma conversa e outra, percebi que o cara não ficou rico, não ficou famoso....ficou conhecido, mas famoso é exagero. Meu namorado não o reconheceu...e meu namorado assistia o programa aficcionadamente.
Comecei a pensar como esses reality shows são uma grande farsa. Na verdade, isso não dá fama a ninguém. Claro que a exposição na mídia torna as pessoas conhecidas. Porém, a decisão sobre a fama cabe à mesma mídia. Se hoje te querem na tv, amanhã podem não querer mais....E não adiantar ter no currículo a marca do BBB. Isso não lhe fará famoso.
Hoje, Bruno Jácome tem uma banda e já se apresentou até no Domingão do Faustão. Mas isso não lhe faz famoso. As tietes não saem do pé. Mas isso é mais furor do que uma real admiração. A beleza do rapaz chama atenção e isso basta para as "fãs" se aproximarem. A simpatia também é um ponto a favor do ex-BBB, mas também não garante a fama.
Nem mesmo o Alemão ou a Siri, vencedor e seu respectivo affair na mesma edição da qual Bruno participou, mantiveram a "fama BBB". Não há, ou pelo menos eu não vejo, forma mais justa de se conquistar a fama que não seja através de imenso esforço pelo reconhecimento de um trabalho. Sem trabalho a ser admirado e diretamente relacionado àquela personalidade, não vai existir personalidade. Pode existir pessoas conhecidas pela exposição midiática. Mas, a "fama" não vai durar além do que a mídia quer que dure. E mais uma vez sentimos o poder dos meios de comunicação ao decidir quem É ou NÃO É famoso.
Um comentário:
Débora, para postar sobre essa coisa de Big Brother, antes eu tenho que adiantar que eu não vejo e acho uma extrema futilidade o programa. Até porque, se fosse pra acompanhar a vida de alguém, eu acompanhava a dos meus amigos e amigas, que sempre vem com um caso de término com namorado/namorada pra contar, bem dispostos a se instalar em mesu ombros... mas não é este o caso.
Pois bem: antecipando que não me apetece em nada o Grande Irmão, escrevo pra contar que, como você, acabei me relacionando com uma ex-BBB. Ex-BBB e famosa, haja vista que virou coelhinha. Pois qual não foi minha surpresa em descobrir que a moça é uma mulher de carne e osso, e que, pós-Big Brother, estava batalhando como qualquer um de nós para conseguir seu lugar ao sol?
Esse lance de superesposição é complicado. O sujeito vai lá e joga tudo pro alto atrás de um milhão e, quando vê, saiu com um carro zero quilômetro e mais uns 20 mil em publicidade. E aí? Todo mundo o vê de forma como estereotipada, como o artista. Mas como se assumir artista, se você não sabe fazer arte nenhuma? (atuar, musicar, pintar, escrever etc). Sua arte era malhar e lavar roupa na frente de todos. Encerrado o programa, sua arte acabou. E aí: vai fazer administração e montar sua própria empresa? Vai estudar medicina durante trocentos bilhões de anos para se formar e se tornar um médico de sucesso? Vai aprender todas as palavras difíceis do direito e se tornar um advogado? Vai aprender as técnicas da faculdade e se tornar um jornalista (medíocre, porque jornalista de verdade soma as técnicas da faculdade à uma formação humanista, deve-se dizer)?
Duvido. Vai é tentar fazer propaganda e ganhar mais algum trocado (na razão dos mil) pra continuar sustentando a sua falsa fama, e a sua falsa arte.
Débora, estou ranzinza, afinal, já é 23h41 e eu jáq tomei quatro long-necks. Mas a verdade é que eu não tenho paciência nenhuma para Big Brother. E ao conhecer minha nova amiga, ex-Big Brother, que, como todos nós, estava batalhando da mesma idêntica forma para conseguir seu lugar ao sol, me atentei de forma ainda mais gritante para esta falra de sentido daquela falsa fama proposta nos moldes Globo.
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